Meu nome é Luiz Carlos Verri Coutinho, e estou Diretor de Projetos do Comitê Pró Cidadania, entidade sem fins lucrativos com objetivos sociais.
Cumprindo seu papel de catalisador e integrador, o Comitê Pró Cidadania tem como finalidade a integração de Prefeituras, Universidades, Indústrias, Comércios, Entidades Sociais e Religiosas, e Associações de Bairros, com a pretensão de atingir quatro objetivos: a re-edificação do homem, resgatar almas, desarmar a violência e cultivar vidas.
Iniciando um plano piloto na cidade de Angra dos Reis, integrando o COMAM- Conselho Municipal das Associações de Moradores de Angra dos Reis, e a FAMAR, Federação das Associações de Moradores de Angra dos Reis, como representantes das comunidades locais, o Comitê Pró Cidadania apresentará diversos passos a serem realizados em prol do sucesso pretendido: O RESGATE DA CIDADANIA PERDIDA.
A associação, interessada em conhecer e participar destes projetos deve procurar o representante do Comitê Pró Cidadania, na sede do COMAM e da FAMAR, sito á Rua Dr. Silvio de Castro Galindo, 121, Jardim Balneário. O telefone do COMAM é 24-3368.6896. O telefone da FAMAR é 24-3365-6760.
O Comitê Pró Cidadania está à disposição de todas as associações que tenham interesse de realmente cumprirem o seu papel perante as comunidades e oferece, a TODAS, apoio gratuito, nas áreas contábeis, fiscal e jurídica.
UMA EXPOSIÇÃO DE FATOS
Na maioria das organizações coletivas, que buscam agregar cidadãos de determinadas classes, seja profissional, política, social, esportiva ou religiosa, o objetivo principal é alcançar o sucesso almejado pelo grupo envolvido no processo.
No entanto, aparecem os cidadãos que se “apossam”, como únicos e verdadeiros donos das entidades, seja uma cooperativa, sindicato, ONG, clube, time de futebol, igreja ou ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS.
Estes, com certeza, têm mais instrução, são mais “espertos” do que a maioria, e assumem todos os poderes dentro destas organizações: administrativo, operacional, financeiro. Enfim, são os únicos que decidem tudo, sem se importarem com a maioria, não consultando ninguém, para qualquer tipo de atitude a ser tomada, falando como se fossem os únicos responsáveis da entidade.
Agem de forma tal, devido à comodidade de alguns, ou confiança demasiada de outros.
Por isto, muitas vezes, vemos cooperativas, sindicatos, clubes, igrejas ou ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS, não chegarem ao objetivo determinado na fundação, muitas assumindo débitos fiscais ou financeiros, outras ficando apenas no papel, sendo manuseadas pelo associado “esperto”, que as usam de acordo com o seu interesse. Temos um exemplo claro destes fatos em nossa cidade. É o que acontece com nossas ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS.
Há muito se perdeu, na cidade de Angra dos Reis, o conceito de “Movimento Popular”. Este conceito, com o passar do tempo, tornou-se um círculo vicioso envolvendo individualismo e vaidade. E os maiores prejudicados têm sido a sociedade, como um todo.
Dizem os ditados populares: “Todo o Poder emana do povo”; “Um povo unido jamais será vencido”; “A união só será força se o movimento for geral”. Estes foram esquecidos, e foi aplicada a LEI DE GERSON: “Levar vantagem em tudo” e outro ditado é lembrado: “Farinha para o pirão é pouco, o meu primeiro”.
Temos visto, com muita tristeza, os responsáveis por “movimentos populares” utilizando-se da prerrogativa de “Presidente de Associação” para, literalmente, se darem bem, ocupando cargos, direta ou indiretamente (através de algum parente), tanto na Câmara Municipal, como na Prefeitura, e as comunidades passam a “pertencer” a quem está patrocinando o “Presidente”.
Um dos elementos que contribuíram para o fracasso do movimento popular, não apenas em nosso Município, mas em quase todos os Municípios brasileiros, é a valorização e a prática da partidarização. Grande parte das associações é administrada tendo como base ideologias partidárias. Os valores destas ideologias têm que ser reavaliados, porque a população de baixa renda não se exprime adequadamente nas ideologias maiores, mesmo que alguns de seus líderes nelas se envolvam e mostrem bastante capacidade para assumi-las. Todavia, na mesma medida que o líder assume uma ideologia maior, ele se separa da ideologia ou mentalidade do seu grupo menor, de seus irmãos mais pobres.
Há muitos anos, exatamente no dia primeiro de dezembro de 1983, foi criado um Conselho Municipal de Associações de Moradores de Angra dos Reis, o COMAM. Hoje, além do Título de Utilidade Pública Municipal, também é uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Com o passar do tempo, as associações filiadas ao mesmo perderam o interesse da participação coletiva no processo comunitário. Evidentemente, por motivos que fugiram dos interesses coletivos da comunidade que, literalmente, foram “vendidas” ou “compradas”, e com certeza, apenas um ou outro membro, se deram bem com seu cargo político, ficando a maioria a “ver navios”, ou foram abandonadas pela incapacidade de administração do Presidente eleito, e ninguém apareceu para levar adiante o processo comunitário no bairro em questão.
O COMAM durante todo este tempo contou apenas com alguns “sonhadores” e idealistas tentando levar o processo comunitário, mantendo acessa a chama da esperança, acumulando responsabilidades que deveriam ser divididas com outros, e assumindo também os riscos destas responsabilidades, com críticas infundadas de quem simplesmente abandonou o “barco”, mas, por irresponsabilidade ou má fé, fazem questão de jogar pedras, ao invés de colaborar na construção de uma estrutura comunitária coletiva, na busca do bem comum.
Gostaríamos de lembrar que o COMAM pertence a todas as associações, mas, também, a manutenção do mesmo é de responsabilidade destas.
Este fato é lembrado porque sabemos que o COMAM, de alguns anos atrás, até a data de hoje, é bancado por poucos, mas cobrado por muitos, que nada fazem, a não ser reclamarem do que não tem direito, porque só pode reclamar quem participa, não apenas com sua presença, mas também com a sua contribuição, que o momento não passa de R$ 20,00 mensais e que, infelizmente, a maioria das associações não paga e acumula dívidas com o COMAM.
Se o COMAM errou, erraram também as associações filiadas ao mesmo. Desta forma, não adianta a criação de outras entidades congêneres, com finalidade de agregar, se os responsáveis por estas não souberem somar e multiplicar.
Até a data de hoje, apenas souberam diminuir e dividir. E isto, interessa apenas a estes mesmos, ao executivo e ao legislativo, os únicos beneficiários com a desunião das comunidades, que nunca terão forças para cobrar aqueles que deveriam ser cobrados, porque um povo desunido sempre será vencido.
Errar é do ser humano, mas MUDAR também o é. Temos que aprender com os nossos erros do passado, viver o presente e planejar o futuro. “Acreditar num amanhã melhor é acreditar na nossa própria capacidade de construir o futuro”.
Lembramos que fazem conosco apenas o que deixamos.
Em nossas andanças, na busca de projetos sérios e honestos para a nossa cidade, principalmente na área de saúde, visitamos o Instituto de Saúde da Taquara, que logo estará em nossa cidade, com um projeto na área de saúde primária. Durante a visita encontramos uma frase, com um dedo, porque não dizer, mão inteira, de DEUS. Esta frase retrata qual o comportamento, que cada um de nós deveria ter, para que a nossa cidade, o nosso estado e o nosso país, tivessem novos rumos, diferentes do atual, onde a corrupção está acabando com o pouco que resta da dignidade do homem. Está é a frase, que fica para nossa reflexão: “A maior necessidade de nossa cidade é de homens, homens que não comprem e não se vendam. Homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos. Homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato. Homens cujas consciências sejam tão fiéis ao dever, como a bússola o é ao pólo. Homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.
Será que poderemos dizer que existe, pelo menos um destes homens envolvido no movimento popular de Angra dos Reis?
MUDA ANGRA DOS REIS! MUDA CIDADÃO ANGRENSE!
Nossa cidade só mudará se os cidadãos angrenses mudarem.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, pode começar agora e fazer um novo fim.
Lembramos que uma visão sem ação é apenas um sonho; que um sonho sem visão é apenas passatempo e que uma visão com ação pode mudar o tempo.
ENTÃO, FAÇA A SUA PARTE! PARTICIPE!
O FUTURO DE SUA FAMÍLIA ESTÁ EM SUAS MÃOS!
Luiz Carlos Verri Coutinho
Diretor de Projetos do Comitê Pró Cidadania
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